sexta-feira, 21 de maio de 2010

ExpoCastelo mostra as potencialidades da freguesia

A quinta edição da ExpoCastelo tem início hoje e prolonga-se até ao próximo Domingo, no Pavilhão Gimnodesportivo do Castelo. A iniciativa é da junta de freguesia local.
Durante três dias, será possível ver o que de melhor se faz nesta freguesia sertaginense e em todo o município. No primeiro dia (hoje), as festividades têm início pelas 19 horas com a inauguração oficial da feira, a que se seguirá uma cerimónia (21h30m), onde serão apresentados os trabalhos dos alunos do jardim de infância e do 1.º ciclo, sobre o tema «Ano Internacional ad Biodiversidade», e entregues os diplomas aos melhores alunos do 12.º ano e lembranças a outros alunos da freguesia. Pelas 23 horas, sobe ao palco o artista «Gabriel e as suas Bailarinas».
Para o segundo dia, estão agendados diversos eventos: às 15h30m arrancam os desportos radicais Kart-Cross/Moto 4, seguindo-se às 18 horas um espectáculo musical com o grupo Seca Adegas. A Escola de Música do Castelo é apresentada pelas 21 horas e duas horas depois a artista «Linda e as suas Bailarinas» dá um concerto.
No domingo (dia da freguesia), as actividades têm início pelas 14 horas com uma prova de trial 4x4, seguindo-se um encontro de artistas de concertina e acordeão (16h). Às 22 horas, a artista «Quina Barreiros e suas Bailarinas» dá um espectáculo.
Aqui fica o convite para uma visita à ExpoCastelo (onde funcionarão tasquinhas e um restaurante com gastronomia regional) e também às diversas povoações da freguesia.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

As ruas da Sertã: Rua Manuel Ferreira Marques dos Santos

Onde fica? Rua situada na zona da Abegoaria e que tem de um lado o complexo do Sertanense (campo sintético e campo de futebol) e do outro o centro de saúde da Sertã e o posto de GNR

Quem foi? Apesar de não ser natural da vila da Sertã, é uma figura que ganhou o seu lugar na história do concelho tal a obra que deixou para as gerações vindouras. Falamos de Manuel Ferreira Marques dos Santos, vulgarmente conhecido por Doutor Marques dos Santos.
A cidade da Covilhã viu-o nascer no dia 6 de Junho de 1924, tendo rumado alguns anos mais tarde à cidade de Coimbra, onde se formou em Medicina. Depois de uma experiência nos Hospitais da Universidade de Coimbra, foi designado médico municipal em Miranda do Corvo.
Ali permaneceu entre 1952 e 1957, altura em que rumou à Sertã para assumir as funções de médico municipal e subdelegado (mais tarde delegado) de saúde do concelho.
Amaro Vicente Martins, antigo director do jornal «A Comarca da Sertã», escreveu um extenso artigo neste semanário, aquando da morte do médico, lembrando a sua obra: “Foi incansável e trabalhou arduamente, quer na montagem dos serviços da Delegação de Saúde, quer deslocando-se pelas aldeias do concelho, nas escolas, a fazer vacinações. Foi um trabalho meritório e pioneiro que o então delegado de saúde distrital de Castelo Branco, José Lopes Dias, anotou com aprazimento, difundindo sobre ele uma comunicação escrita a todos os subdelegados de saúde e seus subordinados”.
Além disso, “a higienização e modernização das tabernas e casas de pasto do concelho da Sertã foi outro ponto a merecer a atenção do Dr. Marques dos Santos, que acabaria por prestar, também nessa matéria, um excelente serviço”.
Devido ao facto de “ter vindo para uma terra pobre, onde poucos podiam pagar os cuidados médicos”, Marques dos Santos, como clínico privado, “teve que se limitar às possibilidades do meio, tratando muita gente e recebendo pouco de uns e nada de outros, como sucedia, aliás, com os seus colegas”.
Não foi apenas no campo da medicina, que Marques dos Santos ficou conhecido na Sertã. A ele se devem os esforços que levaram à construção de um novo campo de futebol na vila – o anterior situado na zona da Carvalha não oferecia grandes condições aos praticantes da modalidade. Acompanhado de elementos afectos aos Bombeiros Voluntários da Sertã (a única instituição que na altura possuía equipa de futebol na vila) negociou um terreno, na zona da Abegoaria, com o prof. Barata e lançou uma campanha de angariação de fundos para a construção do campo. Toda a vila, e não só, aderiu à iniciativa e muitos sertaginenses colocaram mãos ao trabalho e ajudaram na construção, ao passo que outros ofereceram os materiais e disponibilizaram os recursos das suas empresas.
O campo tem hoje o seu nome, uma homenagem merecida a um homem que lutou para que o desporto sertaginense pudesse dar o salto.
Marques dos Santos foi também presidente da Direcção do Sertanense Futebol Clube, em 1960. O mandato marcou uma verdadeira revolução e um corte com o passado, tanto ao nível da gestão directiva como desportiva. Foi introduzida a prática de novas modalidades no clube (como por exemplo o atletismo) e criadas condições para que dois anos mais tarde fosse constituída uma equipa de futebol.
Depois de 23 anos na Sertã, foi colocado, em 1980, em Castelo Branco, para exercer o cargo de delegado de saúde e de presidente da Administração Distrital de Saúde. Dali transitou, em 1983, para a delegação de saúde de Leiria, onde viria a dirigir os serviços de saúde distritais.
Faleceu em Coimbra no dia 22 de Fevereiro de 1986.

Fontes: A Comarca da Sertã; Sertanense: 75 Anos de História

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Para quando um museu na Sertã?

Que o património histórico da Sertã nunca granjeou o respeito merecido, disso parecem existir poucas dúvidas. Veja-se o exemplo da Casa das Guimarães, da ‘reconstrução’ do castelo (que aliás, levou à sua desclassificação) e da requalificação do convento de Santo António (um verdadeiro atentado, sobretudo aquilo que foi feito aos frescos que se encontravam nas paredes) para se perceber a sensibilidade que todos temos demonstrado por aquilo que é o nosso passado. Se a isto juntarmos o facto de ainda hoje não termos um museu digno desse nome que possa perpetuar a memória deste concelho, então está tudo dito.
Concentremos a atenção no museu. A sua criação seria um contributo decisivo para que os mais novos, e até os mais velhos, compreendessem a história de uma das terras mais antigas do nosso país. Não é por acaso que a maioria não conhece os sertaginenses que deixaram o seu nome gravado na História de Portugal (Lopo Barriga, Gonçalo Rodrigues Caldeira, Manso de Lima, António dos Santos Valente, José Parada Leitão, David de Melo Lopes, Casimiro Freire, Abílio Marçal, Romão de Mascarenhas, Tasso de Figueiredo, entre muitos outros).
Além de recordar estas figuras do passado, que continuam a marcar o nosso presente, o museu serviria para dar a conhecer um pouco melhor o que foi a Sertã de outros tempos: as gentes que por cá habitaram, os seus hábitos e costumes, as suas tradições e crenças. Há também um imenso espólio que poderia ser reunido e disponibilizado a todos os que manifestem curiosidade de conhecer um pouco mais o concelho (os jornais antigos, as ferramentas de trabalho dos nossos antepassados, as fotos que fixaram momentos do antigamente, os vestígios arqueológicos, entre outros).

Espero que a ideia, que muitos presidentes de Câmara e aspirantes ao cargo já prometeram em anos anteriores, seja uma realidade a breve trecho. Quanto ao local para a instalação desse museu, a Casa das Guimarães teria sido uma excelente aposta (agora será mais difícil), o mesmo sucedendo com o Convento de Santo António (para o qual já existem outros planos). Posto isto, estamos abertos a sugestões.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sertã recebe Dia da Comunidade do Pinhal Interior Sul

A vila da Sertã foi o local escolhido para as comemorações do Dia da Comunidade do Pinhal Interior Sul, que agrupa os concelhos de Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei. A iniciativa terá lugar nos dias 7 e 8 de Maio (sexta e sábado).
A união que vem sendo demonstrada por estes municípios, sob os auspícios desta comunidade, é um excelente prenúncio e que ganha uma nova dimensão com a instituição deste Dia da Comunidade. É um bom sinal e que nos faz acreditar que o futuro pode ser diferente do passado, até porque nestas coisas a união faz a força e no Interior do país todos somos necessários.
E as comemorações prometem muita festa e lazer. Logo na sexta-feira (7 de Maio), terá lugar, pelas 18h30m, a recepção das entidades oficiais na Casa da Cultura da Sertã, seguindo-se o hastear das bandeiras dos diferentes municípios. À noite, a mesma sala de espectáculos será palco para a actuação dos grupos corais do Sertanense Futebol Clube e de Proença-a-Nova.
No dia 8 de Maio (sábado), a partir das 10 horas decorrerão na Alameda da Carvalha um conjunto de actividades culturais e desportivas com os estabelecimentos de ensino dos vários municípios do Pinhal Interior Sul. Na mesma altura, as filarmónicas União Sertaginense, Aurora Pedroguense, União Macaense e Oleirense farão uma arruada pelas artérias da vila sertaginense.
Pelas 14h45m, tem início, na Casa da Cultura da Sertã, o colóquio «Educação para a Sexualidade», sendo que uma hora depois será efectuada, na Alameda da Carvalha, uma demonstração pela equipa cinotécnica da GNR. Entre as 16 e as 19 horas, os interessados terão à sua disposição diversas actividades de ar livre na serrada em frente ao terminal da RN.
Quando a noite cair, a Villa Del’Rei Tuna sobe ao palco da Casa da Cultura para um concerto (21h), continuando as actuações nos palcos montados na Carvalha: primeiro a Frying Pan (21h45m) e depois os Anjos (22h30m). Para o encerramento, está guardado um espectáculo piromusical, a cargo da Pirotecnia Oleirense.
Aqui fica a sugestão para o fim-de-semana!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Jornais antigos: A Nympha do Zêzere

“O nosso jornal será meramente litterario, mas acompanhando sempre o movimento noticioso dos acontecimentos mais notáveis, e de todos os que se passarem mais perto de nós, para despertar a curiosidade e o interesse de carácter local”. Foi com estas palavras que a redacção do jornal Nympha do Zêzere resumiu a missão deste semanário, que teve o seu primeiro número na rua no dia 12 de Março de 1897.
O jornal caracterizava-se por dar grande destaque à publicação de folhetins, poemas e artigos de reflexão sobre matérias de carácter nacional e internacional, reservando quase sempre uma das suas quatro páginas para a divulgação de notícias regionais e locais.
Por exemplo, na primeira edição, mereceram destaque a actuação do Grupo Dramático Certaginense que levou à cena no Theatro Avenida (apesar das suas reduzidas dimensões, pode dizer-se que foi a primeira sala de espectáculos da vila) a peça «Uma Lição para Noivos», e as comemorações do Carnaval, que segundo este periódico, “esteve pouco animado (…) faltando-lhe o enthusiasmo d’outros tempos”.

Apesar de algumas pesquisas, foi impossível determinar até quando se publicou este semanário.

Uma agenda para seguir a cultura

A Câmara da Sertã publicou recentemente uma agenda cultural, que dá a conhecer toda a oferta do género que terá lugar no concelho. É uma ideia que se saúda e cuja produção foi efectuada internamente na autarquia.
O primeiro número encontra-se a ser distribuído gratuitamente e inclui as actividades culturais agendadas para os meses de Maio e Junho. A oferta é diversificada e divide-se por três espaços (Casa da Cultura, Biblioteca Municipal da Sertã e Atelier Túlio Vitorino).

Entre as actividades previstas, podemos destacar a conferência «O Centenário da República» (16 de Maio, Casa da Cultura), o lançamento do livro «Lenda de Celinda» (Biblioteca Municipal, 1 de Junho), o colóquio «Energias Renováveis (integrado na FAFIC e a ter lugar na Casa da Cultura, 25 de Junho), o encontro inter geracional, subordinado ao tema «No meu tempo era assim…» (Túlio Vitorino, 19 de Maio), a mostra bibliográfica «A Poesia de Camões» (Biblioteca Municipal, de 7 a 12 de Junho), a exposição «Rafael Bordalo Pinheiro» (Casa da Cultura, entre 9 de Junho e 2 de Julho) ou o curioso evento «Música para Bebés» (Biblioteca Municipal, 15 de Maio).