quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sertanense com balanço positivo no Nacional de Seniores

Quando ao cabo da terceira jornada do Campeonato Nacional de Seniores (Série E), o Sertanense ocupava a penúltima posição, com apenas um ponto, poucos acreditariam que cerca de seis meses depois, a equipa estaria a disputar a subida à II Liga.
Após um mau início de época, o Sertanense encetou uma espetacular recuperação, tendo alcançado oito vitórias consecutivas, que o catapultaram para a fase final do Nacional de Seniores.
Nesta fase da prova, a formação da Sertã chegou a ocupar a segunda posição, que dava acesso ao play-off de subida, mas duas derrotas comprometedoras (Oriental e Benfica de Castelo Branco) deitaram tudo a perder. Ainda assim, o balanço da temporada é francamente positivo, com os sertaginenses a igualarem a melhor classificação de sempre em campeonatos nacionais (na época passada, o Sertanense já havia terminado na quarta posição).
Uma nota também para a excelente carreira que o Sertanense protagonizou na Taça de Portugal, onde atingiu a quarta eliminatória, sendo apenas eliminado pelo Rio Ave, equipa finalista desta competição.

Os jogadores que alinharam pelo Sertanense nas diferentes competições desta época foram: Luís Pedro (15 jogos), Paulo Salgado (6 jogos), Tiago Martins (13 jogos), Thiago Crispin (9 jogos e 1 golo), Hugo Simões (29 jogos e 1 golo), Bruno Cardoso (31 jogos), Min Woo (1 jogo), Dino (29 jogos e 4 golos), Kiki (30 jogos e 6 golos), Weliton (2 jogos), António (28 jogos e 1 golo), Rony (25 jogos e 1 golo), Issouf (9 jogos), Reanato Silva (13 jogos e 2 golos), Leandro (29 jogos), Barreto (11 jogos), Alex (30 jogos e 6 golos), Haiwei Zhu (3 jogos), André Ferreira (5 jogos), Yu Fei (9 jogos), Lucas (13 jogos e 1 golo), Nuno Teixeira (23 jogos e 1 golo), Jair (3 jogos), Lukinha (16 jogos e 3 golos), Rafael Silveira (29 jogos e 25 golos), Traquina (20 jogos e 3 golos), Nuno Moreira (3 jogos), Ibrahima (3 jogos), Nilson (9 jogos) e Vinicius (1 jogo).  

sábado, 24 de maio de 2014

Fonte da Pinta: um contínuo brotar de problemas



A Fonte da Pinta foi, no passado, dos lugares de lazer mais procurados pelos sertaginenses. A excelência deste espaço mereceu sempre grandes encómios da população e até houve quem lhe dedicasse poemas ou canções. Mas esses são tempos de outrora, porque o que hoje aí encontramos é um cenário de triste e lamentável abandono.
Desde há vários anos a esta parte que a situação se vem arrastando e a única intervenção que registámos foi a limpeza do muito mato que já nem a fonte deixava divisar (entretanto, o mato voltou a crescer).
Não deixa de ser curioso que a recuperação da Fonte da Pinta seja uma presença habitual entre as promessas eleitorais das diferentes forças partidárias que se têm apresentado a votos para a Câmara da Sertã. Porém, tudo permanece na mesma e nem o esboço de um qualquer projecto de intervenção se conhece: a junta de freguesia da Sertã diz, no seu plano de actividades para 2014, que pretende “continuar a revitalização da Fonte da Pinta e área envolvente”, sem adiantar qualquer pormenor.
Mais do que entrar em questiúnculas políticas/partidárias, importa fazer alguma coisa pela Fonte da Pinta antes que seja tarde de mais.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Património desaparecido: Capela de Nossa Senhora da Estrela (Monte Minhoto)



A antiga capela de Nossa Senhora da Estrela foi um dos monumentos mais simbólicos do concelho, não tanto pela sua grandiosidade ou beleza, mas sobretudo pela sua história e pela densa cortina de mistério em que ainda hoje se encontra envolvida.
O lugar onde estava localizada (Monte Minhoto) é já de si uma pista pouco convencional, dada a singularidade do topónimo em zona tão central do país. O Monte Minhoto ainda hoje existe na freguesia de Cernache do Bonjardim, não muito distante de outro lugar também emblemático, a Várzea de Pedro Mouro.
Mas voltemos à capela de Nossa Senhora da Estrela, cuja história remonta ao século XII, altura em que os cavaleiros Templários terão ali erigido uma torre de vigia para, conjuntamente com a de Dornes (situada não muito longe), controlar e vigiar um dos principais eixos de comunicação da altura – o rio Zêzere. Os Templários tinham o hábito de construir torres junto aos rios para melhor fiscalizarem as suas águas. Aliás, há quem afiance que na actual povoação do Castelo Velho (freguesia da Sertã) também terá existido uma dessas torres.
Não se sabe o que aconteceu à torre do Monte Minhoto, todavia é hoje quase certo que junto a ela foi construído um pequeno convento. Segundo notícias do século XVII, eram visíveis naquela zona “huns alicerces de casas antigas, & huma porta tapada de parede no corpo da Igreja”. O convento não sobreviveu à impiedosa marcha do tempo, porém o mesmo não sucedeu com a sua pequena igreja, em cujas fundações nasceu a capela de Nossa Senhora da Estrela. Vários autores defendem que a capela foi construída devido ao aparecimento de uma imagem de Nossa Senhora numa gruta situada junto ao local.
O frade Agostinho de Santa Maria referiu-se demoradamente a esta ermida numa das suas obras, editada em 1711. Escreveu que a ermida era “grande, com capella mayor, e dous Altares collateraes”, nos quais eram veneradas as imagens de Santa Ana e de Santo André. Além disso, a capela, que possuía “hum grande alpendre”, era de “muita devoção” e nela “obraria a mão de Deos muytos prodigios, pela invocação de sua Santissima May em aquella sua imagem da Senhora da Estrela”.
Inicialmente o eremita (ou capelão), que ali rezava missa aos domingos e dias santos, era pago pela Confraria de Santo André, contudo a partir de 1763, o Priorado do Crato passou a assumir esse ónus. O primeiro capelão a desempenhar o lugar nessas condições foi Manuel Jorge dos Santos. Durante o século XIX, a capela ruiu por duas vezes, sendo prontamente restaurada. A partir de 1859, o templo deixou de servir ao culto e foi abandonado. Nas suas imediações ainda foi instalada uma unidade para cuidar dos leprosos, mas até essa não teve existência muito prolongada.
Quem hoje se aventurar na sinalização do local onde estaria a capela e a dita torre não encontrará mais do que pedras soltas e mato muito denso.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Desemprego no concelho da Sertã: uma realidade presente



Os números do desemprego têm vindo a baixar ao longo dos últimos meses, porém Portugal ainda apresenta um volume substancial de pessoas sem trabalho (15,1% no final do primeiro trimestre). São dados preocupantes e que mereciam um olhar mais atento por parte dos agentes políticos do país, ao invés das tradicionais leituras superficiais, com fins propagandísticos.
Este cenário negativo é extensível à realidade local, sendo que no concelho da Sertã, no último mês de Março, contabilizavam-se 895 desempregados (dados do IEFP). São números inquietantes, mas que ainda assim têm baixado nos meses recentes – em Março de 2013, estavam registados 978 desempregados nas estatísticas do IEFP.
Já por várias vezes aqui reflectimos sobre o problema do desemprego no concelho, cujas causas, além da conjuntura nacional, têm motivações de índole social e económica. O problema não é de fácil resolução mas, salvo raras excepções, nunca foi devidamente debatido, nem sequer ponderado. Ainda assim, é de sublinhar a importante iniciativa que a Câmara Municipal da Sertã está actualmente a lançar e que se designa de INSER – Incubadora da Sertã. Esta “incubadora de empresas de índole social e jovem visa o apoio, o acompanhamento e a potenciação de oportunidades profissionais aos jovens e desempregados da região, disponibilizando-lhes instalações, serviços de consultadoria e secretariado no recuperado edifício da Escola Primária da Abegoaria”, pode ler-se numa nota de imprensa da autarquia.
São sinais importantes que é preciso dar nestes tempos de dificuldade, ainda para mais numa região muito fustigada pelo despovoamento e afastada dos principais centros de decisão. Todavia, terá de se fazer mais e essa tarefa não cabe apenas à autarquia.
O município sertaginense tem pouca mão-de-obra qualificada, os jovens (a maior parte com formação universitária) continuam a abandoná-lo em idade activa, a atractividade económica do concelho é relativamente baixa e a cooperação intermunicipal é diminuta, para não dizer inexistente. Estes e outros problemas não têm solução imediata e nem as varinhas mágicas, que alguns políticos dizem possuir, sobretudo em período de eleições, podem valer perante este cenário.
O tempo em que se assacava às Câmaras e a outras instituições públicas a responsabilidade de criar emprego acabou felizmente. O desemprego não se extingue por decreto e sem empresários corajosos e empreendedores pouco se poderá fazer, seja na Sertã ou em qualquer outro lado. As autarquias têm um papel importante mas limitado. Como dizia o investigador espanhol Antonio Argandonã: “São as empresas que criam emprego, devolvem a confiança aos trabalhadores, abrem novos mercados, inovam e criam oportunidades”. Aos governantes “devemos pedir que sejam sensíveis às necessidades dos cidadãos e facilitem as mudanças necessárias nas instituições, nas regulações e nas leis”.
Para ajudar na reflexão de todos quantos se preocupam com esta temática, deixamos aqui o perfil do desempregado sertaginense. Segundo os dados do IEFP, a maioria dos desempregados são mulheres (521), sendo que o grupo etário mais afectado por este problema é o situado no intervalo entre os 35 e 54 anos (392 indivíduos). Ao nível da escolaridade, os desempregados com o secundário concluído são em maior número (264), seguindo-se os que contam com o 3.º ciclo do ensino básico (249). Referência para os 97 licenciados no desemprego.
Dos 895 desempregados inscritos no IEFP, 461 estão há mais de um ano sem trabalho e apenas 119 estão à procura do primeiro emprego. 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Vitória de Sernache conquista título distrital e sobe aos nacionais de futebol



O Vitória de Sernache sagrou-se, este fim-de-semana, campeão distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco, garantindo, deste modo, a subida ao Campeonato Nacional de Seniores. Depois de uma época algo turbulenta, com diversas mexidas no plantel e no comando técnico (três treinadores durante a temporada), a formação de Cernache do Bonjardim efectuou uma excelente recta final, deixando para trás toda a concorrência, designadamente o Alcains, que à partida para a última jornada ainda sonhava com o título.
Ao cabo de 20 jornadas, a equipa vitoriana somou 50 pontos, correspondentes a 16 vitórias, dois empates e duas derrotas, tendo apontado 51 golos e sofrido 11. Atrás de si classificaram-se o Alcains (46 pontos), Proença-a-Nova (36), Oleiros (32), Atalaia (31), Estação (27), Vila Velha de Ródão (20), Académico Fundão (20), Belmonte (19), Teixosense (18) e Pedrógão (7).
Os jogadores que alinharam pelo Vitória de Sernache durante esta época foram: Rúben Luís, André Antunes, Ricardo Maldonado, Vasco Ladeiras, Tiago Sousa, Bruno Vaz, Ricardo Nita, Tiago Bóia, Crista, João Prietos, Iano, Dário, Maçaroco, João China, Bachir, Amadou Bah, Tununo, Danone, Gilson, Valter, Nayry Vieira, Rico, Faduley, Kalá, Rabäa, Carlos Vaz e Fábio Cruz. O conjunto de Cernache do Bonjardim foi orientado pelos técnicos Marco Tábuas (1.ª à 10.ª jornada), Quim Manuel (11.ª à 14.ª jornada) e António Joaquim (15.ª à 20.ª jornada).
Tiago Sousa foi o jogador mais utilizado ao longo da temporada (19 jogos) e Gilson o melhor marcador (10 golos).
Aqui ficam os nossos parabéns aos jogadores, equipa técnica e direcção do Vitória de Sernache por mais esta conquista.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Portugal Walking Festival na Sertã



O concelho da Sertã irá receber, entre os próximos dias 16 e 18 de Maio, o Portugal Walking Festival. Trata-se de um evento com características originais e que pretende promover a região “como destino de turismo de natureza”, colocando o enfoque nos percursos pedestres que aqui se localizam.
Assim, durante os dias deste festival, caminheiros portugueses e estrangeiros serão desafiados a percorrer três percursos pedestres, situados nas freguesias da Sertã, Figueiredo e Pedrógão Pequeno.
A organização do Portugal Walking Festival está a cargo da Câmara Municipal da Sertã, em parceria com a SAL - Sistemas de Ar Livre, um operador de animação turística especializado em passeios e percursos pedestres. De acordo com José Pedro Calheiros, director técnico do festival: “Os vales fluviais com rios e ribeiras, as mil cores das rochas e da vegetação, os testemunhos de milhares de anos de civilização e de saberes ancestrais tornam a Sertã um local fora do comum para a prática de passeios pedestres”.